domingo, agosto 02, 2009

entre os leques

nem sempre é com as mãos que consigo. observo os meus dedos e os limites são o que lhes é tudo. e é assim, resignação em pele. tanto que começa e acaba com este mês e que não cabe nas mãos, e que não se gasta num toque, num afago, tanto que só agora começou. incerteza — e a dúvida a rir-se. e muito calor na água fria. e cabelos ruivos, luz de sol, numa escova. e um mamilo com glitter vermelho. e olhos grandes e corações do tamanho dos olhos a bombar sob um par de baquetas que tocam orquestras inteiras, e a voz a esticar com o corpo que entre os lábios se fala, e apenas porque sim, porque está lá e funciona e mexe todos os dias, dá ao rabo, morde. amigos não se fazem, reconhecem-se. e pouco tempo para pousar e o sul e ao sul à espera e em espera. e eu. outra vez com aquele ar de macau em outubro, a olhar pela janela, a sentir os pés descalços na madeira. e a tentar ver-me entre os leques na praça lá em baixo.

3 comentários:

K. disse...

Agosto é sempre um mês de transiçoes... aproveitando as correntes de ar da silly season, há portas que se fecham e outras que se abrem. :)

Manel disse...

é, acho que sim.
agora suspendo-o uns dias, na areia. depois logo se vê. :)

encontramo-nos na conservatória do Zavial? ;)

K. disse...

Ah! Ainda te lembras? :)


A minha resposta seria ainda "sim". :)))


Que descanses e te divirtas por lá. Beijo.