sábado, setembro 06, 2008

o estrangeiro

Gosto de assassinos que choram. Os que vertem uma lágrima no golpe de misericórdia. Os que matam por amor, os que sofrem por matar, mas quem mata por amor não se arrepende. Os que não se arrependem. E ao limpar a lágrima dizem, duvido que tenhas sofrido mais do que eu.


Faz-me sorrir. Dá-me vontade de lhes passar a mão pelo rosto, em silêncio... pobres crianças, que na sua fantasia, na sua alucinação de Poder, julgam ver sem vida aquilo que nunca poderiam ter poder para matar. Aquilo que só morre por vontade própria. 


E dizia Shakespeare, pela boca de um velho, a um homem poderoso: —... meu doce menino. 

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