quarta-feira, novembro 12, 2008

falam-me em avaliação dos professores e apetece-me logo ir comprar uma dúzia de ovos... galados.

Estas senhoras não dão aulas no mundo, mas num fechado condomínio de mentalidades mesquinhas e retrógradas. No que toca à sua própria mentalidade, estão no seu direito. Quanto ao seu estatuto de professoras, tutoras, pedagogas, devia ser imediatamente reavaliado, seriamente reavaliado, uma vez que é uma fraude, para não lhe chamar um crime [que na realidade é, se o racismo, a xenofobia e a homofobia o são]. Receio que virá-las para a parede com um chapéu de orelhas de burro fosse manifestamente insuficiente.


Mas é isto que estamos a construir, deixando degradar o ensino público: tiranias privadas para a deformação de jovens cérebros. Havemos de continuar a sofrer na pele as consequências. E a reclamar do mundo, dizendo que não compreendemos o que se passa com as pessoas hoje-em-dia... Chefes de neurónios calcificados, escravos sem direito a uma formação completa. E assim crescem as cercas, assim se finge o progresso, assim nos desculpa a crise. É isto que estamos a construir. É isto que estamos a deixar construir. E era bom que deixássemos de uma vez por todas de encarar como incompetência o que é uma muito competente cadeia de formação de chefes—vampiros para governar manadas de escravos cada vez menos capazes de pensar. Quem avalia os professores do privado, e com base em quê, é a minha pergunta para a Lurdinhas e o Zézinho. E para o outro Zé, o povinho, também.


Era mesmo bom que parássemos de pedir aos paizinhos abusadores que nos contem histórias da carochinha ao deitar. Em tempos como estes, nada dispensa a vigília. E no entanto todos pedimos que nos deixem dormir... but when the bough breaks, the craddle will fall, down will come baby, craddle and all.

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